Como importar Produtos da China: Quem pode e como fazer em conformidade?
- Editor

- 29 de set.
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A China é, desde 2009, o principal parceiro comercial do Brasil e responde por quase 30% das nossas importações. Do setor de eletrônicos aos têxteis, passando por brinquedos, autopeças e equipamentos industriais, o mercado chinês se consolidou como fonte de produtos estratégicos e altamente competitivos.
Mas o que muitos empresários ignoram é que importar produtos da China não é apenas uma questão de negociar preços atrativos. Trata-se de uma operação que envolve exigências legais rígidas, controles aduaneiros detalhados e riscos específicos — que, se não forem tratados com cautela, podem transformar oportunidades em prejuízo.
Nesse contexto, contar com uma assessoria aduaneira confiável faz toda a diferença para transformar a importação em uma estratégia segura e previsível. É justamente nessa missão que atua a SPSCOMEX: simplificar a complexidade do comércio exterior para que as empresas foquem no crescimento. Vamos explicar como importar produtos da China.
Como importar produtos da China - quem pode?
A primeira regra é clara: apenas empresas com CNPJ ativo podem importar da China para fins comerciais.
Pessoas físicas até podem realizar importações, mas somente em situações restritas — como uso pessoal, colecionismo ou atividades artesanais. Importar para revender usando CPF é ilegal.
Além do CNPJ, existe um passo mandatório: a habilitação no RADAR Siscomex, sistema da Receita Federal que controla todas as operações de comércio exterior. Sem essa habilitação, não é possível registrar nenhuma importação.
Particularidades da importação chinesa
Importar da China tem singularidades que diferenciam esse mercado de outros fornecedores internacionais.
Escala e competitividade: a China concentra clusters industriais especializados (como Shenzhen para eletrônicos e Guangzhou para têxteis), o que garante preços competitivos e prazos ágeis de produção.
Produtos campeões: eletrônicos de consumo, brinquedos, autopeças, equipamentos industriais e artigos têxteis são os itens mais frequentes nas importações brasileiras.
Portos estratégicos: Shanghai, Shenzhen e Ningbo são hubs logísticos globais, com grande oferta de rotas marítimas. Essa concentração permite a consolidação de cargas, reduzindo custos.
Logística típica: a maioria das cargas chega ao Brasil por via marítima, com prazos médios entre 30 e 45 dias. Em casos urgentes, o modal aéreo é opção, mas com custos muito mais altos.
Essas particularidades tornam a importação chinesa atrativa, mas exigem planejamento logístico detalhado e apoio técnico para evitar surpresas.
Exigências legais e documentais
Para que a importação seja considerada regular, a empresa precisa cumprir uma lista de documentos obrigatórios:
Invoice (fatura comercial)
Packing List (lista de volumes e pesos)
Conhecimento de Embarque (BL ou AWB)
Declaração de Importação (DI/ DUIMP
Licenciamento de Importação (LI/LPCO), quando exigido
Certificados de conformidade ou sanitários (Inmetro, Anvisa, MAPA) dependendo do produto
Alguns produtos chineses são quase sempre objeto de fiscalização reforçada:
Brinquedos: exigem certificação do Inmetro.
Eletrônicos: precisam de homologação na Anatel.
Produtos de saúde e cosméticos: passam pela Anvisa.
Alimentos e bebidas: são controlados pelo MAPA.
Um erro de classificação fiscal (NCM), o uso de CNAE incompatível ou a ausência de LI/LPCO pode levar à retenção da carga na alfândega, além de multas expressivas.
Custos envolvidos na importação da China
Importar vai muito além do preço do produto negociado com o fornecedor chinês. Os custos totais incluem:
Tributos
Imposto de Importação (II)
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
PIS e COFINS-Importação
ICMS (alíquota estadual)
AFRMM (Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante) no modal marítimo
Custos operacionais
Frete internacional
Seguro da carga
Taxas portuárias e de armazenagem
Honorários de despachantes aduaneiros e agentes de carga
Na importação chinesa, a consolidação de cargas em portos estratégicos pode reduzir custos logísticos, mas exige conhecimento técnico e planejamento para que a economia não seja anulada por atrasos ou erros documentais.
Modelos de operação
Existem três formas de estruturar legalmente uma importação da China:
Importação Direta – A própria empresa conduz todas as etapas (negociação, pagamento, transporte e desembaraço). Requer experiência ou assessoria técnica.
Importação por Conta e Ordem – Uma empresa intermediária habilitada conduz o processo, mas a titularidade da mercadoria permanece com o importador.
Importação por Encomenda – Uma trading company compra a mercadoria na China e revende ao cliente brasileiro.
Escolher o modelo correto é essencial para adequar a operação ao porte da empresa, ao volume importado e à complexidade do produto.
O papel da SPSCOMEX
É nesse cenário que a atuação de uma assessoria especializada se torna essencial. Com experiência prática e conhecimento regulatório, a SPSCOMEX apoia empresas em cada decisão, do enquadramento da operação à conformidade com órgãos anuentes, garantindo fluidez e segurança no processo.
Importar é estratégia, não improviso
Importar da China é, sem dúvida, uma das estratégias mais inteligentes para empresas brasileiras que buscam ampliar competitividade e diversificar produtos. Mas essa escolha só gera resultados quando feita com rigor técnico, conformidade regulatória e planejamento logístico.
Quando essas etapas são conduzidas por uma assessoria aduaneira preparada, o processo deixa de ser um obstáculo e passa a ser uma oportunidade de crescimento. A SPSCOMEX tem como propósito justamente assumir essa complexidade, oferecendo previsibilidade e segurança para quem deseja expandir seus negócios com tranquilidade.
Fontes Técnicas: Receita Federal – Portal Siscomex e habilitação RADAR.
MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – Estatísticas de comércio exterior Brasil–China.




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